Chumbo (Pb)

Os veículos movidos a gasolina já foram uma importante fonte de emissões de chumbo para a atmosfera quando o chumbo tetraetila e o tetrametilchumbo eram usados como aditivos antidetonantes da gasolina. A legislação ambiental vigente na Espanha proíbe e limita o seu uso. O Brasil, em 1989, foi um dos primeiros países a retirarem o chumbo de suas gasolinas automotivas. O chumbo somente é utilizado na gasolina de aviação. Outras fontes antropogênicas de chumbo que devem ser destacadas são a indústria química (tintas, esmaltes, ...), de mineração, processos de fundição e recuperação de metais, incineração de resíduos, as lamas de depuração, a combustão do carvão, a fabricação de baterias, a fabricação de óxido de chumbo, entre outras. As emissões de Pb para a atmosfera se dão na forma de partículas e compostos gasosos. As emissões gasosas (compostos inorgânicos) são geradas principalmente a partir da combustão de aditivos alquilados de Pb, enquanto as partículas (compostos orgânicos) provém de todos os tipos de fontes de emissão.

A maior parte do chumbo na atmosfera se encontra na forma de partículas finas com menos de 1 micron de diâmetro. É considerado extremamente perigoso para o meio ambiente devido à sua elevada toxicidade. Não sofre degradação química nem biológica, permanecendo no ambiente por longo período de tempo, o que afeta gravemente as cadeias tróficas pela acumulação de chumbo nos organismos dos seres vivos (bioacumulação).

Saúde

Independentemente da via de entrada de chumbo no organismo, o chumbo circula no sangue depositando-se inicialmente nos tecidos moles, nos ossos (94%) e em outros tecidos (6%), incluindo o cérebro, assim como também os glóbulos vermelhos do sangue. A prolongada exposição humana ao chumbo, por tempo maior ou igual a um ano, implica em impacto sobre a saúde dos indivíduos, podendo provocar efeitos crônicos. Há evidências de que a quantidade de chumbo no organismo está relacionada com os níveis de concentração de chumbo no ambiente e também que os efeitos na saúde estão relacionados com a carga corporal de chumbo e que a maneira mais utilizada para medi-la é determinando o nível de chumbo presente no sangue.

Os efeitos tóxicos de chumbo se manifestam principalmente no sistema nervoso central, muito embora praticamente todos os sistemas posaam ser danificados se expostos a doses elevadas. As crianças são particularmente suscetíveis à toxicidade pelo chumbo, em razão de seu sistema nervoso estar em desenvolvimento, sua menor massa corporal, maior capacidade de absorção intestinal e menor taxa de eliminação. Estudos internacionais recentes têm mostrado os diversos efeitos da exposição ao chumbo em crianças: efeitos neurológicos (hiperatividade, falta de atenção), psicológicos (distúrbios comportamentais), hematológicos (anemia), metabólicos e cardiovasculares. Durante o período de gestação, o chumbo se acumula nos tecidos fetais, o que pode resultar em uma exposição intrauterina precoce, um atraso do crescimento intrauterino, baixo peso da criança ao nascer e interferência no desenvolvimento físico e mental das crianças durante o primeiro ano de vida.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu que os níveis mínimos de chumbo no sangue, os quais se observa um efeito sobre a saúde das pessoas, são de 15-20 mg / dL em adultos e 10 mg / dl em crianças e que, com base nisso, a OMS recomenda um nível de concentração de chumbo no ar de 0,5 ug/m³ anual (1994).

Os efeitos do chumbo inalado para a saúde dependem, entre outros, do tamanho das partículas. Uma alta proporção de pequenas partículas inaladas (menos que 2,5 micrometros) é depositada na parte mais profunda do sistema respiratório - alvéolos, onde o chumbo se difunde quase 100% na corrente sanguínea. As partículas de uma gama de tamanho de 2,5 a 10 micrometros (micra) se depositam preferencialmente na região traqueobrônquial e nasofaríngea. Em áreas urbanas, a maioria das partículas de chumbo têm um tamanho na gama desde 0,25 a 1,4 µm, sendo que em áreas próximas a tipos específicos de fontes, tais como pilhas de minerais que contém chumbo, podem apresentar partículas com tamanho superior a 10 µm.

Na vegetação o chumbo se acumula, principalmente, por deposição atmosférica, nas folhas, sendo que a taxa de deposição depende da distância das plantas à fonte de emissão. O chumbo presente na folha rompe a cutícula, passa para o interior da mesma, se acumula nas vesículas e pode causar efeitos como:

• Inibição de mitose e, assim, do crescimento da planta.

• Inibição da síntese de ATP e do rendimento energético.

• Diminuição da viabilidade das sementes.

Técnica de Referência para Amostragem

Na Espanha, O Real Decreto 102/2011 estabelece que o método de referência para a amostragem de chumbo é o que se descreve na norma UNE-EN 12341:1999 «Calidad del aire-Determinación de la fracción PM10 de la materia particulada en suspensión-Método de referencia y procedimiento de ensayo de campo para demostrar la equivalencia de los métodos de medida al de referencia».

Técnica de Referencia para el análisis

O Real Decreto 102/2011 estabelece que o método de referência para a medição de chumbo é o que se descreve na norma UNE-EN 14902:2006 «Calidad del aire ambiente-Método normalizado para la medida de Pb, Cd, As y Ni en la fracción PM10 de la materia particulada en suspensión».

 

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